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25/09/2024

Os Nukini

O Povo Onça

Povo: Nukini
Língua e família linguística/tronco: família linguística pano
Localização: região da Serra do Divisor
População: estimada em cerca de 1.000 a 1.200 indivíduos
Fonte: Instituto Socioambiental (ISA)


Pertencentes à família linguística Pano, habitam o Vale do Juruá no Acre em áreas de relevante biodiversidade enfrentaram expropriação e violência durante o ciclo da borracha, o que impactou suas terras e cultura onde hoje vivem majoritariamente na Terra Indígena Nukini em Mâncio Lima, onde buscam ampliar seu território parcialmente sobreposto ao Parque Nacional da Serra do Divisor sendo esta uma região de extrema importância socioambiental e Historicamente os Nukini foram associados aos Remo e sofreram exploração no período seringalista, Sua terra foi reconhecida oficialmente apenas em 1991 após um período de longas reivindicações.


Organização social

é baseada em clãs e descendência patrilinear apesar de incorporarem costumes regionais eles mantêm tradições como danças e cantos indígenas e sua cultura de subsistência combinando agricultura, caça, pesca e artesanato sendo a pesca e caça complementares, utilizando recursos da floresta, os Nukini enfrentam desafios para manter sua identidade cultural e proteger suas terras, ameaçadas por atividades ilegais como desmatamento e caça, a história dos Nukini está documentada em textos relativos aos povos indígenas da região da Serra do Divisor que fica no Acre, também conhecida como Serra da Contamana.


Diversos documentos históricos mencionam os Nukini frequentemente relacionados aos Remo, um povo de mesma origem linguística da família Pano e os estudos sugerem que os Nukini são remanescentes dos chamados índios Remo aponta que o nome Remo pode ter sido atribuído aos Nukini, sendo observado que ambos os grupos compartilham características culturais como tatuagens e falavam o mesmo dialeto Pano, ele também destaca que práticas comuns entre tribos amazônicas como a captura de mulheres e crianças e a absorção de tribos menores por grupos mais fortes, poderiam explicar a fusão ou a confusão entre os Nukini e os Remo em (1950) Castello Branco reforça que muitos grupos indígenas da família Pano receberam nomes atribuídos por exploradores ou seringueiros, muitas vezes baseados em características visuais ou comportamentais, como foi o caso dos Nukini e Remo e no mapa etnohistórico de Curt Nimuendajú (1944), os Nukini e os Remo são situados em áreas próximas, mas são considerados como povos distintos essas informações destacam a complexidade das interações e das denominações históricas desses povos indígenas.


Modo de Vida e Atividades Produtivas dos Nukini

Os homens se dedicam à caça, pesca e agricultura, enquanto as mulheres cuidam do lar produzindo artesanato e ajudam na coleta e cultivo, os Nukini, pertencentes à família etnolinguística Pano e têm uma organização clânica que preserva sua singularidade cultural, apesar do contato intenso com seringueiros e ribeirinhos no alto Juruá, seus clãs incluem "gente da onça pintada" (Inubakëvu), "gente do açaí" (Panabakëvu), "gente do patoá" (Itsãbakëvu) e "gente da cobra" (Shãnumbakëvu) no entanto muitos jovens desconhecem sua filiação clânica deixando de usar isso como critério matrimonial e as residências nucleares são feitas com materiais locais, como madeira e folhas de palmeira, enquanto algumas inclusive possuem telhados de alumínio.


Conselho Consultivo do Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD)

Os Nukini organizam-se politicamente por meio de eleições e participam do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Serra do Divisor o PNSD foi criado em 1989 e é considerado uma das áreas mais ricas em biodiversidade do Brasil e Abrange cerca de 843 mil hectares, fazendo fronteira com o Peru esta é uma região de grande importância ecológica, com paisagens deslumbrantes que incluem florestas densas, rios de águas cristalinas, cachoeiras e formações geológicas únicas, além disso o parque abriga diversas espécies endêmicas de fauna e flora assim como de comunidades tradicionais que dependem da floresta para sua subsistência.


Cultura

os Nukini preservam rituais como o mariri e músicas tradicionais a economia é familiar com destaque para agricultura, pesca, caça e coleta de frutos como açaí, bacaba e buriti eles também utilizam plantas medicinais como pau-amargoso e copaíba também produzem artesanato com urucum, jenipapo e cipó-titica a caça é diversificada incluindo cateto, veado e macaco enquanto a pesca ocorre em lagos e igarapés onde cultivam frutas como manga, coco e cupuaçu, além de milho, arroz e macaxeira todo o excedente é comercializado em Mâncio Lima, sendo a farinha um dos principais produtos vendidos sabemos que historicamente os Nukini foram explorados no ciclo da borracha e madeira, mas hoje suas atividades estão centradas no uso sustentável dos recursos naturais, destacando-se a agricultura extração florestal assim como a caça, pesca e o artesanato.

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